Dos armistícios
Logo ali
Por trás da garrafa de café
Seca e em pura solidão
Havia uma tensão renomada
Olhos untados na gordura dos bordéis
Passaram-se três dias
Os muros procurando o céu
E tudo o que é pertencido permanece
Mais triste ainda
A cidade tenta se proteger
Dos próprios rastros
Rasteja e se confina em retalhos
Diante do grande portão
Está e esteja sempre com um
Palmo de língua para fora
Salgando os salmos com o suor
Da leitura dos seus saldos
Logo ali
Nas estrias da vigília
Acima dos fracos
E abaixo dos inocentes
Amauri Caolho vê com a sua
Única possibilidade um bando de ratos
Cruzando o bosque de sucatas
Estão indo embora sob nenhuma mira
Já é tarde
Não levaram as pulgas
Deixaram todas para nós
Disse cuspindo em distância
Depois de mascar o próprio siso
AQUI VOCÊ ENCONTRA ARTES, DERIVAÇÕES E ALOPRAÇÕES
Quem sou eu

- Marcos Vinícius Leonel
- Crato, Ceará, Brazil
- Um buscador, nem sempre perdendo, nem sempre ganhando, mas aprendendo sempre
domingo, 2 de novembro de 2008
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