AQUI VOCÊ ENCONTRA ARTES, DERIVAÇÕES E ALOPRAÇÕES

Quem sou eu

Minha foto
Crato, Ceará, Brazil
Um buscador, nem sempre perdendo, nem sempre ganhando, mas aprendendo sempre

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Afterglow

O ocaso é sempre comovente
Por mais pobre ou berrante que seja,
Porém mais comovente ainda
É o fulgor desesperado e final
Que enferruja a planície
Quando o último sol mergulhou.
É doloroso manter essa luz tensa e diversa,
Essa alucinação que impõe ao espaço
O medo unânime da sombra
E cessa de repente
Quando notamos sua falsidade,
Como cessam os sonhos
Quando sabemos que sonhamos

Jorge Luis Borges – 1923
Tradução de Josely Vianna Baptista

2 comentários:

Rodolpho disse...

O Senhor dos Enigmas!

Atualmente estou lendo o segundo volume de suas obras reunidas pela editora globo!

O primeiro que li foi "História Universal da Infâmia" e tem uma passagem onde ele narra a relação religiosa e de trabalho entre negros escravos e seus senhores judeus. A primeira "work song" que os negros fizeram intitularam de "Go Back Moses".

Isso nunca mais saiu de minha mente !

Abraços Marcos :D

Marcos Vinícius Leonel disse...

Valeu, cara, Borges é um daqueles autores que desconcertam seus leitores. Ele é fundamental.

vlw