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Um buscador, nem sempre perdendo, nem sempre ganhando, mas aprendendo sempre

domingo, 1 de junho de 2008


TESEU E OS SETE ANDARES

“Labrys, acha ou espada de dois gumes,
a que se refere Paulo de Tarso em Hebreus
4:12, é o instrumento com que o herói separa
a alma individual e mortal do espírito eterno
e impessoal” Antônio Forjane




O sol, o sal, o cio.

Onde ando ondas
Descalço, descalculo.

A terra firme, a infâmia.
A fêmea, a fenda, a oferenda.
A dor e o que eleva.

A suave face do alface
Não sua ao fazer
Os oxímoros oxidarem-se
Ao sobrenatural.

O relógio agiota
Vende dados agitados
Ao dedo despido do devir,
Reduzido a reduzir
A sutura da estrutura.

E eu que
Em meu labirinto
Me alimento de cadáveres
E mormente bebo
Da corrente rente, revelo,
Levo-me no velo.

Vejo, sentado na pedra
Possuída pelo silêncio
A gaivota sublimar-se:
Com seu bico feito labrys,
Separar o perecível de si
E retornar eterna para
A devota gaia.


Com essa poesia eu fui classificado
Em quarto lugar no II Prêmio de Literatura
Domingos Olímpio. Era uma fase muito
Mística, que rendeu poemas elaborados,
Cheios de mistérios.

Um comentário:

Anônimo disse...

Opa Leonel, tudo na paz?
O rodolpho teles me mostrou seu blog, e quanto ao poema do quarto lugar no concurso, ainda to tentando entender, li 3 vezes, mas vou conseguir, se nao conseguir a beleza tambem esta nisso,hehe, pois eh, ele v ai te mandar o livreto que a gente ta fazendo, e porra, ce escreve muito massa...

E tipo, acho qe o inferno eh mais limpo do que a g ente pensa, um abraço, Nathan.