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Um buscador, nem sempre perdendo, nem sempre ganhando, mas aprendendo sempre

terça-feira, 3 de junho de 2008


PEGADAS NO AR

Tua alma, Guadalupe, de vez em quando
Verte um movimento de mirações,
E o mijo desce por tuas pernas sem que você saiba.

Ainda cabem os camundongos e os dias longos,
Em um cantinho apertado de tua memória.
Há um desespero semelhante, por muito menos,
Quando não há nada para lembrar entre
Uma margem e outra da vida e essas moedas
Soltas, postas sobre a sujeira do balcão.

Mas, que tragédia Guadalupe, o teu corpo
Não foi fechado pela oração que te deram quando
Tu peregrinou pelo sertão do Juazeiro.
Não é uma questão de sorte ou devoção,
Apenas existem dentes que rangem em silêncio,
Mastigando e mastigando e mastigando.

Tua alma, Guadalupe, de vez em quando
Sai por essas frestas que teus cabelos encobrem
E o teu sorriso fica solto dos teus olhos.



4 comentários:

Calazans Callou disse...

Legal Marcos, belo poema e a foto, tenho uma exatamente nesse local chapada diamantina.

Marcos Vinícius Leonel disse...

valeu Calazans
um abraço cara

Lupeu Lacerda disse...

donde achastes guadalupe?
mexicana infiel
de roupas sujas
e chapéu de palha
na rua são pedro em jauzeiro?
guadalupe
guarda lupeu
em outra língua
sempre contundente meu mano.
sempre ducaralhio

Marcos Vinícius Leonel disse...

Valeu hombre!

Guadalupe não sabe o que fazer com as suas visões sobrenaturais.

Vou mandá-la para seu consultório, poeta, lá ela sairá mais abismada.

vlw