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Crato, Ceará, Brazil
Um buscador, nem sempre perdendo, nem sempre ganhando, mas aprendendo sempre

sábado, 10 de maio de 2008


Gestar, foi o que ela disse.
Depois repetiu gestare que é
Pra parecer uma citação de Borges
Ou um palacete de Domingos Barroso
Em dia de festa entre as velas acesas

Estavam lá as esporas expelidas
As páginas jamais lidas
As autoras anônimas das ladainhas urbanas e
Os efêmeros passar de carros
Já não éramos mais os mesmos
Um silêncio enrugado cobria todo o vale

Agora a certeza de que as ruínas
Da Crato Cósmica não são comestíveis
Já não era tanta e divertida

Lá em baixo os amigos se viam
As camas se ocupavam
E os reversos se revestiam
De réstias de rostos de restos

Gestar, foi o que ela disse.
Gravura de Maria Lucia Pacheco

2 comentários:

Carlos Rafael Dias disse...

É isso Poeta,

Palavras

Lavras

Labuta

De todos os dias

Que nascem

E se transformam

Larvas

Marcos Vinícius Leonel disse...

valeu poeta
um abraço