
UMA REVOLUÇÃO GERAL
Em 1976 eu esperava ansioso pelo novo LP dos Novos Baianos. Não acreditava nos boatos que a banda acabaria e que cada um seguiria suas carreiras. Depois do badalado Vamos Pro Mundo, em 1974, a banda não tinha lançado nada inédito em 1975. E eis que essa pérola aparece, uma porrada de som, injustamente renegado pelos fãs puristas, como também visto de forma pejorativa pelos rockeiros de plantão.

Esse Lp é tão injustiçado que até agora não mereceu o carinho necessário de quem quer seja, muito menos relançamento remasterizado. A verdade é que esse é o lançamento mais importante da fusão musical dos anos 70. O samba e chorinho são misturados aqui à maior pauleira de baixo e bateria que a música brasileira podia apresentar durante aquele período. Os irmãos Jorginho e Didi Gomes deram o peso que o rock brasileiro não conseguiu em momento algum durante os anos 70. Uma PEGADA, na concepção da palavra.
Para o bem geral da nação Moraes Moreira já tinha pegado o beco desde o lançamento anterior, e Dadi também já tinha saído para formar o A Cor do Som. Não que os dois fossem ruins ou coisa parecida, é que a química antiga já tinha dado o que tinha que dar, não rolava mais. Pepeu então assume a direção geral. Na cola da pegada brasuca, que havia consagrado o grupo, aparecem Ziriguidum e Brasileirinho, mas já com a mistura visceral do rock vindo à tona.

A faixa título é uma obra-prima da música popular brasileira, com letra esperta do Galvão e a musicalidade já conhecida da banda, com intenso trabalho de cavaquinho e bandolim, uma verdadeira escola moderna dos instrumentos. As faixas Rockarnaval; Na Banguela e Barra Lúcifer são verdadeiros achados da fusão rockeira do grupo. Solos e afinações alucinadas de Pepeu, que demonstra aqui todo o seu vigor como guitarrista e muito peso, capaz de ser comparado à consistência da cozinha do Led Zeppelin, mas com muito mais balanço e malandragem.
Se você duvida da injustiça histórica dos críticos e do público para com esse disco, escute a música “Se chorar beba lágrimas” e você vai entender sobre o que eu estou falando. A história da música brasileira não é nada sem a menção a esse disco. Uma verdadeira obra-prima.
Em 1976 eu esperava ansioso pelo novo LP dos Novos Baianos. Não acreditava nos boatos que a banda acabaria e que cada um seguiria suas carreiras. Depois do badalado Vamos Pro Mundo, em 1974, a banda não tinha lançado nada inédito em 1975. E eis que essa pérola aparece, uma porrada de som, injustamente renegado pelos fãs puristas, como também visto de forma pejorativa pelos rockeiros de plantão.

Esse Lp é tão injustiçado que até agora não mereceu o carinho necessário de quem quer seja, muito menos relançamento remasterizado. A verdade é que esse é o lançamento mais importante da fusão musical dos anos 70. O samba e chorinho são misturados aqui à maior pauleira de baixo e bateria que a música brasileira podia apresentar durante aquele período. Os irmãos Jorginho e Didi Gomes deram o peso que o rock brasileiro não conseguiu em momento algum durante os anos 70. Uma PEGADA, na concepção da palavra.
Para o bem geral da nação Moraes Moreira já tinha pegado o beco desde o lançamento anterior, e Dadi também já tinha saído para formar o A Cor do Som. Não que os dois fossem ruins ou coisa parecida, é que a química antiga já tinha dado o que tinha que dar, não rolava mais. Pepeu então assume a direção geral. Na cola da pegada brasuca, que havia consagrado o grupo, aparecem Ziriguidum e Brasileirinho, mas já com a mistura visceral do rock vindo à tona.

A faixa título é uma obra-prima da música popular brasileira, com letra esperta do Galvão e a musicalidade já conhecida da banda, com intenso trabalho de cavaquinho e bandolim, uma verdadeira escola moderna dos instrumentos. As faixas Rockarnaval; Na Banguela e Barra Lúcifer são verdadeiros achados da fusão rockeira do grupo. Solos e afinações alucinadas de Pepeu, que demonstra aqui todo o seu vigor como guitarrista e muito peso, capaz de ser comparado à consistência da cozinha do Led Zeppelin, mas com muito mais balanço e malandragem.
Se você duvida da injustiça histórica dos críticos e do público para com esse disco, escute a música “Se chorar beba lágrimas” e você vai entender sobre o que eu estou falando. A história da música brasileira não é nada sem a menção a esse disco. Uma verdadeira obra-prima.