193 minutos depois
Dos danos da alma
E da efusão dos afazeres
Filomena tem a precisão
Recenseada de uma bomba
De gasolina eletrônica fincada
Além dos vapores submersos
Abismada em cismas de
Recombinações sentimentais
Ela deriva o delírio de rever
Averiguações teóricas sobre
A tese dos simulacros do
Francês Jean Baudrillard
Desconhece e desconhece
Caminha sozinha sobre o
Concreto escovado da calçada
Entra na loja de necessidades
Aberta vinte e quatro horas
O caixa baba o sono imperfeito
Ela sempre compra
Absorventes com abas após
Se masturbar menstruada
Na penumbra de velórios
Até ser enxotada por Deus
Pela madrugada a fora
Quem sou eu
- Marcos Vinícius Leonel
- Crato, Ceará, Brazil
- Um buscador, nem sempre perdendo, nem sempre ganhando, mas aprendendo sempre
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6 comentários:
E aí, Marcos, será que dá pra agendar sua participação no próximo Cariri Encantado, ou seja, próxima sexta, dia 25? Comfirme pelo e-mail rafacrato@gmail.com. Coloque junto o seu telefone para um contato.
Valeu!
Amigão, que poema... estamos juntos.. no infinito...
sejamos fortes
(essa lua, esse conhaque bota a gente comovido como o diabo)
abração, brother
a gente se vê
Meu camarada e meu irmão,
mesmo em silêncio (ausente nunca)
tu estás presente com tua força imaginativa e tua sagacidade.
Tu sempre foste um divisor de águas na minha própria poesia.
Um caloroso abraço.
Este poema é um terreno úmido
em que pisar significa atordoar-se
e ir mais fundo, bem mais profundo...
Beleza, Rafa.
Diga aí, Isaac, saudades cara!
Como tem andado a velha ironia radioativa?
Esses poemas tem uma mesma temática, através da decadência humana e urbana. Tenho publicado alguns aqui e no cariricult. Muitos não comentam abertamente, por motivos óbvios, mas tenho recebido uma porrada de e-mails falando sobre. Claro que a maioria condena o grotesco, kkkkk. Recebi até ameaça por estar provocando o "vilipêndio da moral e dos bons princípios", segundo o mais recente, vindo de uma conta fantasma, deve ser alguém da tfp ou do ecc. Infelizmente fui orientado a não publicar mais, por questões de ineditismo, prevendo uma publicação em breve, essa é a excelente notícia.
Farei uma última publicação dessa série e dedicarei a algumas pessoas especiais. Você é uma delas.
abraços, irmão
Diga aí, poeta, prazer imenso ter você outra vez por aqui.
Cara, você é poeta! Quem me conhece sabe que eu não digo isso para qualquer um não. Principalmente depois que fazer poesia virou margarina de segunda em prateleira de bodega de periferia.
Como disse a Isaac, vou fazer uma última postagem dessa série e dedicarei a algumas pessoas especiais, já antecipando o que vem no livro próximo. Você é outra dessas pessoas especiais.
abraço, irmão
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