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Crato, Ceará, Brazil
Um buscador, nem sempre perdendo, nem sempre ganhando, mas aprendendo sempre

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A eternidade de um segundo

Arrastem o corpo de Ramiro
Por todas as ruas estreitas
Em torno do mercado central
Risquem sem piedade com
O sangue fresco toda a largura
De toda avenida perimetral

Cortem os sinais vermelhos
E com o zoom de nano celulares
Registrem amadoristicamente
Restos de carne de músculos
E de gordura presos ao asfalto e
Postem os arquivos na rede

Sem nenhuma trapaça deixem
Que ele vire carcaça exposta
Pendurada no próprio mau cheiro
Bem em frente às oportunidades
Do maior Atacadão de um real
Que fica vizinho à moderna lotérica

Mas não esqueçam nunca de
Rejeitar com toda a veemência
A mais remota possibilidade da
Décima terceira Alice também ter
Sido maravilhada ao ser bolinada em
Sua volumosa vulva de breve idade

8 comentários:

Marcos Vinícius Leonel disse...

Esse poema marca a última postagem dessa série, por motivos de ineditismo para uma publicação próxima. Tenho recebido vários e-mails sobre essas postagens, alguns bem agradáveis e outros de forma nenhuma, kkkkkkkk

Dedico esse poema, e assim será em livro, a essa galera especial: Domingos Barroso, grande poeta e filósofo, amigo de longas dastas; Isaac Lira, intelectual inquieto e mordaz; Maurício Tavares, a desconstrução do improvável; e Lupeu Lacerda, grande poeta e parceiro de luta e letra

Amanda Peres disse...

É uma pena para quem lê seu blog... mas muito bom pelo livro! Bjo

Antonio Sávio disse...

E aí Marcos. Cadê você rapaz. Nunca mais vi nada seu pelo CaririCult. DÊ notícias por lá. Esses dias estive pelo Crato e acho que o vi no festival cariri da canção, mas, como não sabia se era resolvi não falar. No mais, qualquer dia desses nessas andanças pelo Cariri nos esbarramos.
Um abraço.

Unknown disse...

Marcos, espero por mais esse livro... quantos mais e-mails (des)agradáveis melhor... como anda a estrada solitária, carente de futuro?

Por aqui vai tudo bem... correndo para o mais irremediável nada...

alguém tem alimentado os elefantes?

bichos esquisitos... os elefantes...

Marcos Vinícius Leonel disse...

Pois é Amanda, minha amiga querida, desculpe o atraso, estive ocupado com outros projetos, estou escrevendo uma revista, por encomenda, A MUltimídia, por isso a falta de tempo para net.

Mas, estarei publicando aqui outras poesias, fora o projeto citado. Voltarei aos poucos.

Abraços e saudades

Marcos Vinícius Leonel disse...

Sávio, grande poeta, realmente estive e estou muito ocupado com as aulas e outros projetos paralelos, agora estou mais aliviado, pois está chegando o final das aulas e já posso escrever mais, espere novidades.

Agradeço a atenção

um abraço meu amigo

Marcos Vinícius Leonel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcos Vinícius Leonel disse...

Digaí, Isaac, saudades irmão, soube que você passaria por aqui, mas não nos encvontramos outra vez...

Pois é cara, pense num bicho esquisito. Já a estrada tem se transmutado, tem recoberto de aspirinas as velhas dores, mas nada que iniba a sagacidade das lentilhas.

Tenho escrito intensamente, mas nem sempre aquilo que quero, bem mais aquilo que devo, devido às células e às cédulas, embora saiba que o problema não seja a crise existencial, mas a crase gramatical, essa merda placentosa que cerca os tubarões de ilhas.

Vou postar um texto para que você faça uso dele em sua editoria.

Abração irmão