Três e trinta
O tempo ejacula um poste
Com um entroncamento
De fios de alta tensão
De paralelos elétricos se vê
Um avião planar seus metais
Antes de pousar sua melancolia
Fazendo um zumbido seminal
Os micro-ondas agendam
Seus compromissos eletrônicos
Do primeiro andar decaído
Em tese se alimenta da luz lilás
De um supremo abajur
Apartamento decaído
Florinda toda acorrentada
Treme de gozo a cada chicotada
6 comentários:
Vou ter que te perguntar o porquê do título. Confesso que não peguei a ligação.
Ah! Eu gosto do tom carnal do poema =]
Diga aí, Thiago,
cara o título do poema tem haver com o projeto todo, que é a fragmentação do tempo...
três e trinta é madrugada alta,quando a maioria se recolhe em sonhos ou pesadelos
para Florinda nada disso importa, nem mesmo a concepção de perfeição, que pra ela é perda de tempo
abraços
Adoro as tuas poesias!
Não é aquela coisa melosa, bonitinha e rimada.
Você usa temas interessantes, é uma mistura de existencialismo com banalidade social e com os desejos mais íntimos do ser humano que todo mundo, hipocritamente, finge não existir; fala da realidade, da perspectiva em que observamos, do mundo físico, e às vezes transforma ele todo; trata do tempo também, os títulos das poesias têm as horas em comum, né?
É muito massa, diferente...
Tou com saudade das tuas aulas!
Bjo e me corrige os erros!
Nossa, quanto tempo faz, heim!
Inúmeras saudades também.
Em breve atualizarei o blog com mais constância e você terá novas poesias.
É isso mesmo. Essa nova fase minha está fragmentada pelo tempo e descontínua no espaço. Eu estou abordando a porção demasiadamente humana.
Agradeço suas palavras generosas e me fortaleço pela sua leitura.
Bjs
Poema genial Marcos. Parabéns pala capacidade de lançar-nos imagens tão reais e poéticas ao mesmo tempo.
Valeu pela visita Sávio e pelos comentários, que bom que você compartilha comigo a mesma devoção pela poesia.
abraços
Postar um comentário